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A Conrad Editora lança no mês de abril a HQ Ardalén, obra máxima do autor Miguelanxo Prado que já tem na casa os títulos Tangências, Manuel Montano e O Pacto da Letargia. A história, que exalta as lembranças em um estilo de realismo mágico, conta com 256 páginas e chega em uma edição especialíssima toda colorida, em papel couché e capa dura.

Em visita ao Brasil no final de 2024, Miguelanxo participou de diversas entrevistas e painéis, e em uma das conversas, quando perguntado sobre qual trabalho seria seu favorito, o autor contou que era Ardalén, explicando sobre como o projeto foi pensado para seguir um padrão em todas as publicações ao redor do mundo e o quanto aquela história era importante para ele.

A memória não é um registo objetivo e inalterável e o autor usa do realismo mágico para trabalhar sentimentos profundos através de recordações. Na obra, conhecemos Sabela, que tenta reconstruir uma parte da sua história através das memórias de Fidel, protagonista da história. Mas há mais fios que se entrelaçam neste processo de recuperação, outras pessoas, outras memórias. Porque também somos o que os outros lembram. E nessas memórias, as nossas e as dos outros, há amor e carinho, e há ressentimentos e ódio. É por isso que lembrar não é inofensivo. Mas quem não lembra, não vive.

Ardalén chega em uma edição de colecionador, com capa dura, verniz localizado e páginas coloridas em papel couchê. Disponível apenas em versão impressa, o preço é de R$ 169,00. Embarque nas memórias de Fidel e se deixe levar pelos bons ventos de Ardalén.

Quem fez essa HQ

Escritor e desenhista, Miguelanxo Prado nasceu na Espanha, em 1958. Estudou arquitetura e antes de se voltar aos quadrinhos, dedicou-se à pintura e à escrita. Revelação das HQs espanholas em 1988 com o seu primeiro álbum Mundo Cão, já lançado no Brasil, a sua carreira tem sido recheada de sucessos como Traço de Giz, que recebeu o prêmio dos livreiros BD 93, o Alph-art do melhor álbum estrangeiro de Angoulême e o prêmio especial do Festival de Sierre em 1994. Em 1997, foi indicado ao prêmio Eisner na categoria de melhor pintor com o álbum Tangências, também lançado no Brasil pela Conrad. Outros títulos famosos são O Pacto da Letargia, Manuel Montano: O manancial da noite, Fragmentos da Enciclopédia Délfica, Stratos, Crônicas Incongruentes e Quotidiano Delirante, entre tantos outros.